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N° 30 - O desejo do analista

Diversos

Convocados pelas questões que suscitam o “desejo do analista”, psicanalistas de diferentes escolas e instituições da Argentina (Clinica Freudiana de Mendonza, Propuesta Psicanalítica Sur,...

R$ 22,00

Sumário

Parte I – O Desejo de Freud: Testemunhos

O “Desejo” em Freud
Maria Célia Andrade Oliveira
“Vai-se mais longe quando não se sabe para onde vai”
Rossely S Matheus Peres
Freud entre Hilda Doolittle e Joseph Wortis, Testemunhos
Lucila Anesi
Tradução: Paloma Vidal
Sobre o trabalho de elaboração e a construção em uma análise
Glória Maria Castilho

Parte II – O Desejo do Analista

O inconsciente de Freud a Lacan
Eduardo Vidal
O desejo do analista: repetição e destino
Juan Carlos Cosentino
Tradução: Paloma Vidal
O desejo do analista e a alienação
François Balmés
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
O desejo do analista
Jorge Kahanoff
Tradução: Paloma Vidal
Há na lista desejo
Letícia Nobre
A suspensão do gozo
Silvania Del Carrilo Cury
Uma nota justa entre o antes e o depois
Isabela B Bueno do Prado
O amor e o desejo do analista
Noêmia Santos Crepo
O desejo do analista como causa
Renzo Pasqualini
Tradução: Paloma Vidal
Os tropeços do analista nos trilhos do tratamento
Gladys Augusta Diaz
Maria Cristina Brandi
Tradução: Paloma Vidal
E agora João? Uma articulação clínca entre desejo e ato
Gilda Vaz Rodrigues
O desejo do psicanalista e o luto
Diana S Rabinovich
Tradução: Paloma Vidal
Uma função essencial na operação analítica
Alone Gomes
Analista, temporalidade, objeto a
Maria Cristina Ferraz Coelho
As diferenças e os limites de uma circunscrição
Maria Lessa de Barros Barreto
O desejo na clínica psicanalítica
Gerardo Pasqualini

Parte III – Formalização em Psicanálise

Cortes que não ficam esquecidos
Delia Elmer
Tradução: Paloma Vidal
Razíes de um novo alegado
Alberto Fernández
Tradução: Paloma Vidal
O problema da formalização em psicanálise
Clara Azaretto
Tradução: Paloma Vidal
Topologia do objeto a e angústia: função de causa
Heloisa Costa Godoy
O desejo do analista e a questão moebiana da intensão // extensão da psicanálise
Silvia G Myssior
De um lugar em que se decide a direção da cura
Maria Cândida Tavares Conceição

Parte IV – Final de Análise, Passe e Escola

O desejo do analista no passe: uma razão desde Freud
Ana Lucia de Souza
Ana Maria Portugal
Arlete Garcia
Isabela Bueno do Prado
José Eduardo M. de Barros
Ligia Bittencourt
Rosa Maria P. Xavier
A função do analista
Diana Lidia Mariscal
Queda do sujeito suposto saber
Letícia Balbi
Uma escritura da Escola?
Solal Rabinovich
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
O pacto analítico e o seu desenlace
Nilza Queiroz
Do saber que se diz à solidão do ato analítico
Lúcia Montes
Análise, formação, desejo: do analista
Ana Lucia Zacharias
Desejo do analista: transmissão/Escola
Arlete Campolina
Alisa Arreguy Maia
Jeanne D’Arc Carvalho
Leila Mariné
Lícia Mara Dias

Parte V – Escrever a Clínica

O paradoxo do senhor
Alicia Lowenstein
Tradução: Paloma Vidal
Transferência e ato
Marcia Jezler
A repetição vã
Elena Lubian
Histeria, melancolia e desejo do analista
Renato R P de Carvalho
Da exclusão ao sintoma
Nélida Halfon
Tradução: Paloma Vidal
Será que o novo vai empurrando o velho?
Mônica de Almeida Belisário
Texto quebrado: começo de uma análise
Miriam Fabre
Tradução: Paloma Vidal
Um trabalho de sapa
Teresa da Costa
Os modos de dizer a clínica
Nora Altman
Tradução: Paloma Vidal
A experiência em psicanálise
Stella Maris Figueroa
Tradução: Paloma Vidal
Esse é meu pai?
Dora Yankelevich-Szerman
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
Seção Clínica – intensão x extensão
Miriam Passos Lima

Apresentação

Convocados pelas questões que suscitam o “desejo do analista”, psicanalistas de diferentes escolas e instituições da Argentina (Clinica Freudiana de Mendonza, Propuesta Psicanalítica Sur, Seminário Lacaniano, Sociedad Porteña de Psicoanálisis, Testimônios), da França (École de Psychanalyse Sigmund Freud) e do Brasil (Aleph – Psicanálise e Transmissão, Casa Freudiana e IEPSI – Instituto de Estudos Psicanalíticos), reuniram-se no Rio de Janeiro, de 30 de agosto a 2 de setembro de 2001, no Colóquio O Desejo do Analista, organizado pela Escola Letra Freudiana.

Uma data é o modo que o ser falante tem de marcar o real no campo da história. Com esse colóquio, a Escola Letra Freudiana comemorou 20 anos de sua fundação, renovando a responsabilidade que este ato implicou. A escolha da questão O Desejo do Analista fala desse momento da Escola e afirma os traços que marcaram seu início.

Um Colóquio mais do que repetir o que já se sabe pode tornar-se uma ocasião privilegiada à emergência de alguns pontos que norteiem o seu fazer, levando em conta que a mensagem se determina no ouvinte.

O que nessa publicação se transcreve são efeitos da palavra que circulou naquela ocasião e é apresentada, aqui, vertida à forma de escrita.

Como a palavra e a escrita são dois registros diversos da experiência analítica, esta publicação produz uma nova orientação do texto que requer um leitor que, necessariamente, difere do ouvinte de outrora. Assim sendo, a publicação O Desejo do Analista recorta de cada texto a questão crucial e os enoda em cinco partes.

No início era o ato, o de Freud, que causado pelo “inconsciente misterioso” fez a aposta de uma vida na elaboração do saber analítico. O que se sustentava no desejo de Freud? Sobre essa questão, o desejo de Freud enquanto analista versam os trabalhos da primeira parte desta revista.

O desejo do analista é uma função que faz operar o enigma ao qual está confrontado o analisante na decifração de seu desejo. É, pois, à função da causa que deve responder o desejo do analista tendo em vista a consequência de seu ato: a destituição do sujeito, marcando o analista com o desser. A segunda parte discute o vetor da análise é a direção da cura, desde seu início até o fim.

Lembremos que Lacan se serve da lógica e da topologia para produzir uma escritura do que não cessa de não se escrever, ou seja, a relação sexual. Há a impossibilidade do real como limite ao simbólico. Isso requer uma formalização, que é apresentada na terceira parte desta publicação. Trata-se, na experiência analítica, que se escreva algo desse real que marca singularmente a cada sujeito e determina outra dimensão do saber.

Final de análise, Passe e Escola propõem a seguinte pergunta:como opera a função desejo do analista? O analista procede de sua formação. Há um enodamento entre a passagem pela experiência analítica e a Escola, enquanto laço social, ante o real dessa experiência. Pretende-se que a Escola seja o lugar que recolha os efeitos dessa função, promovendo os avanços da psicanálise, e o passe a experiência para verificá-la.

Ao final encontramos, na clínica, a posta em ato do desejo do analista. Escrever sobre isto é preciso, pois cabe ao analista a produção de um trabalho, um escrito, que fale de sua transferência à causa analítica. Mas como escrever aquilo que se escuta na solidão inerente ao ato analítico? Esta é a aposta lançada àqueles que tratam de escrever a clínica.

D. L. M.
E.V.
R.S.M.P.

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