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N° 51 - Corpo, substância gozante?

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Interrogar o enigma do corpo falante encontra um ponto de inflexão quando nos deparamos com o significante substância gozante, lançado por Lacan em Encore...

R$ 57,00

Sumário

.:: Tradução ::.

– Jenseits des Lustprinzips – Kapitel VI
Sigmund Freud
– Além do princípio de prazer – Capítulo VI
Sigmund Freud (Trad. Eduardo Vidal)
– Analogias, enodamentos e nexos
Eduardo Vidal

.:: O corpo na escrita do nó ::.

– Corpo e gozo na escrita nodal
Ana Lucia de Souza, Myriam Fernández, Nilza Ericson, Rosa Xavier
– Isso de que se goza
Francisco José Bezerra Santos
– Real parasita do gozo
Elisabeth Freitas, Julio Mafra, Adriana Toneli, Tânia Mendes
– O laço do corpo com o gozo – Hist(é/ó)rica
Arlete Garcia
– Consistência-corpo e tempos da identificação
Diana Mariscal
– Esse estranho laço
Alicia Sterlino, Anete T.T. Arita, Letícia Balbi, Sergio Gondim

.:: Sem corpo não há psicanálise ::.

– Do júbilo à dessubjetivação: narcisismo
Graça Araújo Curi
– Lou Andreas Salomé, corpo e narcisismo
Gilda Maria Gomes Carneiro, Nilza Ericson, Patricia Sá, Paula Strozenberg
– Masoquismo erógeno originário: o nome freudiano do gozo
Cora Vieira, Claudia Mayrink, Dalmara Abla, Elza Gouvêa, Vera Lage
– O estádio do espelho, ainda…
Mauro Rabacov
– Leitura de Freud. Pulsão, um circuito
Miriam Chor Blanck, María José Estevez Acuña, Tatiana Porto Campos
– “Crês, por acaso, que eu posso responder a tudo o que me perguntas?”
Ana Claudia Vieira Vaz, Andréa Bastos Tigre, Cristiane Laquintinie Amaral, Iara Barros,
Letícia Nobre, María Cristina Vidal, María José Estevez Acuña, Vera Vinheiro

.:: Não há gozo senão do corpo ::.

– Substância gozante, uma heresia de Lacan
Eduardo Vidal
– Nem pensante, nem extensa: gozante
Tatiana Porto Campos, Marisa Guimarães
– Sobre o objeto olhar ou “Pede-se fechar um olhar”
Letícia Balbi
– O corpo como suporte do discurso analítico: a voz
Sofia Sarué
– Befriedigung – a satisf(ação) no circuito pulsional
Hélen Mareli, Simone Aziz
– Disjunção corpo/gozo: o caso Florrie
Christiane Sammarone, Eduardo Vidal, Gecilda Lopes, Vera Marmo de Amorim
– “Foi um corte”: adolescência, separação, corpo
Anna Beatriz Medici
– O que se diz na sutiliza de um estilo, em corpo, encore
María Cristina Vidal, Rossely S. M. Peres

.:: Letras do corpo ::.

– A dor de Macabéa
Lucia Castello Branco
– O corpo no corpo do romance
Ana Maria Portugal M. Saliba
– E Beethoven era surdo (!)
Beatriz Elisa Ferro Siqueira
– Um intrigante retrato de artista: Claude Cahun
Olga Maria M. C. Souza Soubbotnik

Apresentação

Interrogar o enigma do corpo falante encontra um ponto de inflexão quando nos deparamos com o significante substância gozante, lançado por Lacan em Encore e Les nons dupes errent: o que significa gozar de um corpo? O corpo não é somente um corpo vivo, é um corpo que goza sem sabê-lo. Como o discurso psicanalítico apreende a opacidade do corpo, da substância gozante?

No capítulo VI de Além do princípio de prazer, traduzido e comentado por Eduardo Vidal nesta publicação, destacamos a tradução de lebende Substanz por substância vivente, “evitando o termo viva que faria par opositivo com morta”. A noção de uma substância vivente, introduzida por Freud, tem em sua emergência forças pulsionais atuando em direção à vida e também à morte, ao retorno ao inanimado.

A distinção de um corpo puro organismo daquele marcado pelo significante, com o qual opera o discurso analítico, foi a descoberta de Freud a partir dos sintomas que no corpo se produzem. O passo de Freud foi situar o corpo em sua implicação com o sintoma, efeito do inconsciente. A partir das demandas endereçadas na transferência é possível estabelecer as marcas que determinam os movimentos da pulsão nos buracos do corpo. O corpo feito de bordas se sustenta em uma imagem, ilusão de totalidade, e tem uma outra dimensão na dor como fonte de gozo e como limite do mal-estar na cultura.

A escrita do nó borromeano permite abordar o corpo em suas dit-mansions, R.S.I., indicando que o espaço que habitamos leva em conta a existência do inconsciente engajada nos ditos. As dit-mansions se enodam em torno do que Lacan chama de núcleo elaborável do gozo, objeto a, em sua função de letra, no vazio central do nó. A dimensão do inconsciente reside nisso que faz com
que o dizer venha a se escrever como borda ao real.

Esta publicação é fruto do trabalho da Escola Letra Freudiana em 2016, O corpo na psicanálise, e 2017, O corpo, uma substância gozante?

G.M.G.C.
L.B.
M.J.
P.S.
R.S.M.P.

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