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N° 37 - O Campo do Gozo

Diversos

Nos 150 anos do nascimento de Sigmund Freud, a Escola Letra Freudiana comemora 25 anos marcada por sua letra e produz uma segunda volta...

R$ 27,00

Sumário

Parte I – Economia de Gozo

– Medéia: violência e paixão
Paulo Becker
Renata Salgado
– O trabalho de cifrar o gozo
Eduardo Vidal
– A reação terapêutica negativa: diferença de leitura e
de prática em Freud e em Lacan
Elisabeth Leypold
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
– 1905 – 2005: Uma teoria sexual
Maria Cristina Vecino de Vidal
– Freud e Lacan: um enodamento
Ana Lúcia Zacharias
– Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é
Maria Célia Andrade Oliveira
– “Eles não sabem que trazemos a peste”
Sergio Becker
– Do nome à nominação
Myriam R. Fernández
– A prática da letra: uma escrita lógica do gozo
Arlete Campolina
– Só pela metade
Ana Maria Portugal
– Alienação, trabalho do inconsciente e castração
Elza Gouvêa
– O pai morto e a economia do gozo
Maria Elizabeth Timponi de Moura
– Tempo de um poema sem palavras
Graça Araújo Curi
– Do bem e do belo
Francisco José Bezerra Santos
– Gozos
Renato R. P. de Carvalho
– Psicanálise e desejo perverso
Sergio Luiz Silveira Gondim
– É de carne e osso
Nilza Ericson
– Gozo, o sentido da enunciação
Maria Lessa de Barros Barreto
– Martírio e cisma: a economia do gozo na neurose obsessiva
Isabela B. Bueno do Prado
– O gozo do Outro materno e o papel da voz na incorporação da linguagem
Inês Catão

Parte II – Dimensões do gozo: Intensão e Extensão da Psicanálise

– Fantasma e final de análise: uma leitura
Ligia Bittencourt
– A festa era para um só
Teresa da Costa
– …isso não se “de-monstra”
Joseléa Galvão Ornellas
– Brincar: um modo de trabalho
Leila Neme
– “Eu (não) sou…”
Márcia Jezler
Miriam Chor
– A economia na preguiça
Julio Cesar Mafra
– Considerações a partir de um recorte clínico: “sou mãe”
Maria Helena Chevitarese
– De “ver para crer” a “es-cre(r)-ver”
Alicia Liliana Sterlino
– Reflexões sobre a violência – I
Maria da Penha Simões
– Reflexões sobre a violência – II
Milvia Martins Melo Barbosa
– Ainda uma vez…
Benita Losada A. Lopes
Rossely S. Matheus Peres
– Leonardo da Vinci: fantasma, arte e sublimação
Beatriz Elisa Ferro Siqueira
– Economia de gozo: a escrita dos trovadores e dos místicos
Analucia Teixeira Ribeiro
– Paul Celan, um poeta em tempos sombrios
José Eduardo M. de Barros
– O mais além – Freud e Saramago
Rita Martins
– Cybering: Reflexões sobre as modalidades de gozo nas salas de bate-papo da Internet
Denise Rocha Stefan

Apresentação

Nos 150 anos do nascimento de Sigmund Freud, a Escola Letra Freudiana comemora 25 anos marcada por sua letra e produz uma segunda volta aos paradoxos do gozo. Interrogar a posição do analista frente ao gozo e ao sentido necessariamente conduz a uma prática que faz o discurso sustentar as leis da lógica ligada à articulação significante. Resposta possível, o discurso do analista se constitui pela própria prática da letra, como Freud a entendia. O inconsciente se serve do analista para formular sua lógica.

O campo do gozo é justamente de onde vem Freud, desde os “Estudos sobre a histeria”, quando estabelece a associação livre, e se estende até “A interpretação de sonhos”, texto que fundamenta um discurso inédito sobre a economia de gozo do sujeito com a introdução da linha do inconsciente. O trabalho do inconsciente se realiza cifrando o gozo. Nos textos que tratam da psicologia de grupo e da cultura, o discurso do analista denuncia que se goza do que não se tem, que não se preenche o gozo. O pai do gozo é morto. Em “Sobre o narcisismo: uma introdução”, Freud pontua o lugar da imagem corporal partindo do sujeito que goza do próprio corpo, tomando-o como objeto. Nos escritos acerca da sexualidade infantil e da feminilidade, produz a trajetória do falo como agente econômico do psiquismo para, em “Além do princípio de prazer”, fazer a torsão no discurso do analista, que implicará o seu modo de trabalho num jogo marcado pelo impossível: os paradoxos do gozo se apresentam na disjunção entre brincar e pulsão de morte.

Com “O problema econômico do masoquismo”, Freud toma o ser do sujeito para afirmar que o masoquismo é originário em relação ao gozo. Nestes pontos se dê o enodamento de Lacan a Freud. Extraindo a dimensão do real do texto freudiano, Lacan faz o analista trabalhar no campo do gozo. O nó da psicanálise é aquilo que introduz o real como tal. É preciso fazê-lo e isso se reduz a escrevê-lo.

S.B.
T.C.

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