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N° 43 - Experiência de saber

Diversos

A descoberta freudiana promove uma ruptura ao fundar um discurso ancorado em uma experiência de saber paradoxal, a experiência do inconsciente, de um saber...

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Sumário

.:: Experiência de saber ::.

– Sob o ditado do inconsciente
Françoise Samson (tradução: Analucia Teixeira Ribeiro)
– A pulsão de morte: um inconsciente não-reconhecido no centro mesmo de nossa experiência
Juan Carlos Cosentino
– Experiência do inconsciente e a perda realizada
Arlete Garcia
– Semblant e ruptura de semblant
Diana Lidia Mariscal
– Entre centro e ausência – o analista como não todo
Nilza Ericson
– A/ bifurcação – A escrita de Freud
Fatima Vahia
– A/ bifurcação – A escrita de Lacan
Leticia Balbi
– Identificação e sexuação
Sergio Becker
– O lugar do analista
Marcia Jezler Francisco
– A autorização como efeito da experiência de saber
Silvânia Marques Motta
– Linguagem e saber
Isabel Goldemberg (tradução: Paloma Vidal)
– A função de fonação e o limite de saber
Arlete Campolina
– A lógica da negação
Crístia Rosineiri Gonçalves Lopes Correa
– O saber do falso ser
Ana Lucia Zacharias e Licia Magno Lopes Pereira
– Recordar é preciso… como uma experiência de saber
Sofia Sarué
– A irredutibilidade da escuta analítica ou tal como a poesia
Raul Macedo Ribeiro
– Foraclusão e sintoma
Amandio Gomes
– Resistência e gozo
Hilda Teresita Karlen Zbrun
– “Lascia le donne e studia la matematiche”
Charles Nawawi (tradução: Analucia Teixeira Ribeiro)
– Saber e a materialidade topológica do Real
Heloisa Godoy
– … um fiozinho… um fiozinho… “Topologia e escrita”
Elisabeth Freitas
– Sujeito suposto saber: uma experiência
Nilza Queiroz
– Transferência: amor ao saber
Ana Lucia de Souza e Rosa Maria Pinheiro Xavier
– “No início, não é a origem, é o lugar”
Maria Regina F. Cardoso
– Sabor de saber
Alicia Liliana Sterlino
– O saber da Psicanálise: entre a erótica e a estética
Aurélio Souza
– O saber como barra
Renzo Pasqualini
– Pulsão e transmissão
Daniel Kordon
– O inominável
Graciela Kahanoff

.:: Experiência de escola ::.

– Experiência de Escola, experiência do saber
Helena D’Elia
– Transmitir uma experiência de Escola? “Traçar vias, deixar traços daquilo que se formula, é isso que é ensinar…”
Andréa Bastos Tigre e Maria Cristina V. Vidal
– Da suposição ao saber sem sujeito
Leny de A. Andrade e Vera Vinheiro
– O cartel: uma história de suas origens
Dora Szerman (tradução: Analucia Teixeira Ribeiro)
– Conversa sobre acomunidade de analistas
Bárbara Guatimosim, Mauro Cordeiro Andrade e Vania Baeta Andrade
– Invenção de um saber original
Helia Mascarenhas

.:: Fragmentos clínicos ::.

– Um ex-tranho dizer
Miriam Chor Blanck
– A convicção na existência do inconsciente e a invenção
Myriam R. Fernández
– O tempo na experiência
Rita Martins
– “O pai pergunta demais”: uma escrita em Hans
Letícia Nobre
– Velhice e luto: “Quem não arrisca não petisca”
Glória Castilho
– Construção e direção da cura em uma análise
Gecilda Orechio de Morais Lopes
– Elementos para uma topologia do corpo na obesidade
Cristiane Marques Seixas
– Toxicomanias: do homogêneo à extração do sujeito
Alba Riva Brito de Almeida

.:: Efeitos do passe ::..

– Retrato de casamento, um traço
Anete Tizue Tokashiki Arita
– Uma experiência de saber: Psicanálise em intensão e extensão
Elisa Arreguy Maia e Miriam Passos Lima
– Elas não sabem que escrevem
Lucia Castello Branco
– Eu me amarro na letra
Ruth Silviano Brandão
– A experiência do passe e o Real
André Schaustz
– O que há de indelével no passe
Maria Augusta Friche
– …fazendo passar o passe
Dalmara Abla
– O passador à luz do chiste
Leila Mariné da Cunha Guimarães
– O passe e a transmissão
Elza Gouvêa

.:: Escrita e saber ::.

– O tempo de uma escrita
Benita Losada A. Lopes e Rossely S. Matheus Peres
– Traduzir poesia, experimentar a língua
Solange Rebuzzi
– Teatro e Psicanálise, uma inspiração
Evelyn Disitzer e Paula Strozenberg
– Barroco: na sensualidade, a expressão da transcendência
Maria da Penha Simões
– Barroco: o estilo da orelha
Denise Maurano
– Minha língua é minha pátria
Nélida Halfon (tradução: Paloma Vidal)
– Magia de um encontro: equívoco inaugural
Lucila Anesi (tradução: Paloma Vidal)
– Tecnocracia do viver
Mônica de Almeida Belisário
– O saber, o não-saber e o saber, de novo
Mariângela de A. Maximo Dias e Maria Teresa G. de Lemos

.:: Encore ::.

– Traduzir Lacan: uma experiência com o impossível
Analucia Teixeira Ribeiro
– Não quero saber nada disso… ainda
Alone Gomes e Dea

Apresentação

A descoberta freudiana promove uma ruptura ao fundar um discurso ancorado em uma experiência de saber paradoxal, a experiência do inconsciente, de um saber insabido pelo sujeito e do qual ele é responsável.

É uma experiência inédita por não ter nem pensamento nem sujeito pensante que a determine. Constitui-se a partir de um objeto impensável que Lacan formula como objeto a, resto do qual o sujeito nada quer saber. é justamente este saber que a humanidade não deseja e com o qual o analista deve “savoir y faire”.

Isso marca o essencial do saber do psicanalista como um saber renovadamente interrogado e promove uma abertura que permite enlaçar a intensão de uma análise – no que ali se constrói com o inconsciente – com a extensão do discurso analítico, na escola e com outras práticas discursivas.

“Experiência de saber” foi a proposta de trabalho para o colóquio realizado pela Escola Letra Freudiana em Salvador. Um colóquio implica propiciar enlaçamentos com a comunidade de experiência que a própria Psicanálise funda, que não se limita ao lugar onde cada um articula sua prática, como também não se restringe aos que a praticam. Aponta-se, assim, para um estilo de transmissão que visa a causa psicanalítica além dos muros de cada espaço institucional e campo de saber, preservando-se as singularidades e as diversidades, escutando as diferentes formas de abordar o saber e a experiência.

Esta publicação reúne parte dos trabalhos que foram apresentados nesse colóquio* produzindo uma nova orientação do texto que requer, por isso, um leitor distinto do ouvinte de outrora. Os trabalhos aqui reunidos trazem a singularidade de cada analista, os diferentes momentos da formação e do percurso de cada um.

Começamos com uma seção sobre a “Experiência de saber” propriamente dita é o inconsciente, as formações do inconsciente, sintoma, sinthoma, transferência, sujeito suposto saber. Em seguida passamos à “Experiência e escola” – o ensino e a transmissão, a experiência de escola, a comunidade de analistas. Prosseguimos com os fragmentos clínicos e os impasses da clínica, que nos levam à “Experiência do Passe” e sua transmissão. “Escrita e saber” procura trazer os laços entre o tempo de uma escrita, questões sobre a tradução e o saber da ciência.

Para concluir, temos uma seção dedicada ao trabalho de analistas que participaram, nos últimos três anos, acompanhando, passo a passo, uma tradução muito especial, comparada e comentada, do seminário XX de Lacan, Encore, realizado nos anos 1972-1973.

M.C.F.C.
P.S.

* Esse Colóquio foi organizado pela Escola Letra Freudiana e teve lugar em Salvador nos dias 5 a 8 de agosto de 2010 com a participação das seguintes instituições e escolas: Aleph – Escola de Psicanálise (MG), Ato Freudiano (MG), Escola Freudiana de Belo Horizonte (MG), Associação Fóruns do Campo Lacaniano – Brasil (CE), École de Psychanalyse Sigmund Freud (França), GREP – Ensino e Transmissão em Psicanálise (MG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), ICR HC FMUSP, Testimonios (Argentina),
Universidad de Buenos Aires (Argentina), Universidad del Aconcagua (Argentina).

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