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N° 28 - A Jornada de Ulisses

Diversos

Esta publicação testemunha um avanço e uma nova etapa a já longa jornada da Letra Freudiana em torno de James Joyce e Lacan, com...

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Sumário

Parte I

Conferência: O conceito de letra na obra de Lacan
Juan B. Ritvo
Transcrição e tradução: Angela A Matheus
Uma letra que não se lê
Eduardo A Vidal
Uma volta ao ideograma
Claudia Moraes Rego
Entre gozo e saber – Freud: o trabalho de ci-frar
Suzana Rocha Nascimento
Maria Cristina Ferraz Coelho
Enodamento entre letra e lugar?
Antonia Soulez
Tradução: Paloma Vidal

Parte II

O escrever e o ler: prática da letra e desejo em prática
Analucia Teixeira Ribeiro
Notas acerca da leitura de um texto literário no discurso analítico
Jean-Guy Godin
Tradução: Olga Maria Carlos de Souza
Pontuações
Elizabeth Freitas
O limo, o cristal e o sopro das palavras
Ruth Silviano Brandão

Parte III

Saber e verdade na Divina Comédia
Olga Maria Carlos de Souza
Por graça da textualidade
Lucia Castello Branco
Freud com Clarice: o eu, o isso, o ovo, a galinha
Nilza Ericson
A escrita do corpo no Livro da Vida
Clara de Góes
Carta ao pai
Françoise Samson
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro

Parte IV

A Letra no Cinema
Hector Babenco
Pedro Bial
Aluizio Abranches

Apresentação

Esta publicação testemunha um avanço e uma nova etapa a já longa jornada da Letra Freudiana em torno de James Joyce e Lacan, com a participação de Jacques Aubert, que tendo aproximado definitivamente os dois primeiros, ao convidar Lacan para abrir o simpósio sobre Joyce, em 1975, continua hoje sua tarefa, numa interlocução que muito nos honra e enriquece.
De fato, em 1993, uma primeira publicação intitulada “e;Retratura de Joyce”e; dava conta de um trabalho que se desenvolveu, naquela época, mais centrado em “e;Um retrato do artista quando jovem”e;, quando de nosso primeiro encontro com Jacques Aubert, no Rio de Janeiro.
Hoje, focalizamos mais particularmente “e;Ulisses”e;, obra maior do escritor irlandês, marco da literatura do século XX, abordada sob diferentes aspectos nessa “e;Jornada de Ulisses”e;, realizada em maio de 2000, contando novamente com a presença de Jacques Aubert.
Em preparação a esse evento, um trabalho se desenvolveu na Escola, do qual recolhemos alguns frutos nesta publicação.
Na Parte I, dois estudos buscam na “e;Odisséia”e; de Homero as fundações desse edifício moderno que a arte de Joyce concebeu e construiu.
Na Parte II, destacamos alguns depoimentos de contemporâneos de Joyce, que conviveram com ele durante o período em que escrevia e tentava publicar “e;Ulisses”e;. Além do dado histórico e biográfico, tais depoimentos falam também da relação do escritor com seu ofício, uma relação que interessa à psicanálise, desde Freud.
A Parte III contém a Introdução de Jacques Aubert a “e;Ulisses”e;, publicado em sua versão francesa pela editora Gallimard, no volume II das Obras Completas de Joyce, da coleção Pléiade. Um trabalho longo, minucioso e extremamente rico, que revela em Jacques Aubert a sensibilidade e a pertinência de um literato que foi, sem dúvida, atravessado pela psicanálise.
A Parte IV reúne as duas conferências pronunciadas por Jacques Aubert durante a “e;Jornada de Ulisses”e;, em maio de 2000: falam de seu percurso na literatura, combinando com o encontro com Lacan e a psicanálise.
Na Parte V, outros trabalhos apresentados nessa ocasião por membros da Escola Letra Freudiana: o de Mauro Rabacov e Paulo Becker trata da escritura e do semblant; o de Ana Lucia Zacharias e Rossely S. M. Peres nos fala da inscrição de um nome e das questões do Nome-do-Pai e da Mulher; o de José Marcus de Castro Mattos estuda a escritura das epifanias. Numa abordagem literária, Bernardina da S. Pinheiro fala dos três monólogos em “e;Ulisses”e;. Concluindo esta parte, o trabalho de Eduardo Vidal comenta a não-relação entre literatura e inconsciente e analisa a questão da escritura a partir do monólogo de Stephen Dedalus, no episódio “e;Proteu”e;, de “e;Ulisses”e;.
Finalmente, a Parte VI resulta dos encontros de Jacques Aubert com a Escola Letra Freudiana, nos dias que se seguiram à “e;Jornada de Ulisses”e;. Caracterizam-se por uma informalidade, sugerida por ele, para que houvesse uma troca, a partir das questões levantadas pelos participantes. Dessas conversas recortamos algumas pontuações de Jacques Aubert, para fechar esta publicação.
Esperamos assim ter alcançado nosso propósito, fundado na importância que a Escola Letra Freudiana confere ao trabalho da extensão, que presentifica o discurso psicanalítico no mundo, e trazendo assim nossa contribuição aos que se interessam pela articulação psicanálise e literatura.

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