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N° 32 - A análise é leiga – Da formação do psicanalista

Diversos

A análise é leiga afirmou Freud em 1926, defendendo Theodor Reik, vítima de um processo por prática da psicanálise sem a qualificação médica. Produziu,...

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Sumário

Parte I – A Análise Leiga e a Formação do Aanalista

Fragmentos do pós-escrito a “A questão da análise leiga” (1927)
Nachwort zur “Frage der Laienanalyse” Pós-escrito a “A questão da análise leiga”
Sigmund Freud
Tradução: Eduardo Vidal
O passo de Freud em direção a um saber leigo
Annie Tardits
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
A análise leiga, uma questão crucial para a psicanálise
Eduardo Vidal
Questões sobre a formação do psicanalista
Diana Lidia Mariscal
Algumas pontuações sobre “A questão da análise leiga”
Maria Cristina Ferraz Coelho
Discurso psicanalítico e formação
Mauro Rabacov
Paulo Becker
A regulamentação e a Verwerfung da letra
Sergio Becker

Parte II – Autorizar-se Analistas

Do fantasma à pulsão
Françoise Samson
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
Continuidade inconsciente consciente
Benita Losada A. Lopes
Rossely S. M. Peres
Do mal-estar ao entusiasmo
Myriam R. Fernández
O não-analista: vigor do discurso do analista na Escola
Nilza Ericson
Qual ética rege uma análise?
Márcia Jezler Francisco
Encerramento do Colóquio “A Formação do Analista, Hoje” em Mendoza, Argentina, agosto de 2003.
Eduardo Vidal

Parte III – Três conferências sobre as Formações do Psicanalista

Sobre as formações do psicanalista
Annie Tardits
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro

Parte IV – Psicanálise e Ensino

Skolé e Paidéia: construindo saber
Maria da Penha Simões
“A Psicanálise não se transmite como qualquer outro saber”
Andréa B. P. Bastos Tigre
Maria Cristina Vecino de Vidal
Sobre o ensino da Psicanálise
Letícia Balbi
“Deve-se ensinar a psicanálise na Universidade?”
Letícia Nobre
Psicanálise e Universidade – uma experiência
Ana Maria Rudge
A questão da transmissão e da supervisão na Universidade
Lícia Mara Dias
Efeitos analíticos da Supervisão na Universidade
Gilsa Freiblatt Tarré de Oliveira
Rita Maria Manso de Barros

Parte V – Os dispositivos na escola: o controle,
o cartel e o passe

Dizer a clínica: caminho na formação de um analista
Andréa B.P. Bastos Tigre
Cartel, base de trabalho de uma Escola
Dalmara Marques Abla
Autorizar-se em uma Escola
Rosa Maria P. Xavier
O passe na experiência
Arlete Garcia
A cada passe
Isabela B. Bueno do Prado

Parte VI – O Que Regula a Psicanálise?

O que regula a psicanálise?
Nestor Lima Vaz
Romildo do Rego Barros
Rosângela Gazzi Macedo
Sônia Alberti
Wilson Amendoeira
Edson Lanes
Eduardo de Carvalho Rocha
Marco Antônio Coutinho Jorge
Paula Justo
Annie Tardits

Apresentação

A análise é leiga afirmou Freud em 1926, defendendo Theodor Reik, vítima de um processo por prática da psicanálise sem a qualificação médica. Produziu, então, com urgência, um texto paradigmático – “A questão da análise leiga” – que expõe as vicissitudes da transmissão da psicanálise e da formação do psicanalista: uma experiência subjetiva, singular, que implica uma ética peculiar. A psicanálise tem suas leis fundamentais e se revela irredutível a regulamentos extrínsecos à sua práxis. Portanto, a tentativa de profissionalizá-la atinge os fundamentos da formação do analista.

Ainda uma vez, em 2003, psicanalistas reuniram-se para reagir a investidas contra a psicanálise tal como o projeto de lei do Ato Médico que visa subordinar procedimentos em prol da saúde, de psicanalistas inclusive, ao controle dos médicos, em uma clara apropriação de saber. Inquietante, também, o movimento que propõe a regulamentação da profissão, psicanalista, via formação universitária, utilizando o nome da psicanálise para maquiar dogmatismos de grupos religiosos. A lâmina cortante de Freud, ao instituir o discurso da psicanálise, separou definitivamente o inconsciente de qualquer religião.

Abre esta revista a tradução da parte suprimida do Pós-escrito a “A análise leiga” em que Freud interroga a formação do analista como praticada nos Estados Unidos. Por feliz oportunidade, tivemos acesso a este trecho, escrito para não ser lido, impresso aqui, entre colchetes, o que nos permite constatar a luta aguerrida de Freud em defesa da psicanálise. Integram ainda esta seção trabalhos que discutem o texto freudiano e a questão da singular formação do analista.

Também Lacan é radical no que se refere a esta formação: para aquele que deseja autorizar-se analista é necessária a ousadia de começar por sua própria análise; o analista é consequência do ato analítico. Os trabalhos que constam da parte II e da Parte III da Revista, como as trás conferências ministradas por Annie Tardits (École Sigmund Freud-Paris) na Escola Letra Freudiana – “As formações do psicanalista” – versam sobre o peculiar trabalho com o inconsciente.

A Parte IV remete à interrogação de Freud: “deve-se ensinar psicanálise na universidade?”, permitindo, assim, estabelecer a particularidade de um ensino na Escola, já que “a psicanálise não se transmite como qualquer outro saber”. Seguem-se escritos que examinam os dispositivos da Escola: o analítico com a questão da intensão, o cartel como estrutura de base de uma Escola e o passe, trazido aqui por três textos dos cartéis do passe.

Em maio de 2003, na jornada “A formação e a função do psicanalista”, organizada pela Escola Letra Freudiana da qual participaram analistas de distintas instituições e escolas e que, em sua diversidade e estilo de pensar a psicanálise, estavam reunidos pela transferência à causa analítica, como se verifica na parte final desta revista que traz a transcrição do debate na Mesa Redonda – “O que regula a psicanálise?”.

E.V
R.S.M.P.
V.V.

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