[…] o ser é o gozo do corpo como tal, isto é, como […] a sexuado […] o que é dito gozo sexual é marcado pela impossibilidade de estabelecer […] em nenhum lugar do enunciável, esse único Um […] o Um da relação sexual
LACAN, J. Encore, 21/11/72
O ensino de Lacan dos anos 70 ultrapassa a identificação propondo a lógica da sexuação para nomear um real que não se limita ao traço anatômico, nem ao traço simbólico e que opera por meio de uma lógica de gozo. Fundada sobre a significação fálica, a sexuação diz da posição sexuada do sujeito, ultrapassando a questão dos semblantes homem e mulher. Certos semblantes surgidos no coletivo tentam responder à falta de inscrição da posição sexuada. Nesse seminário discutiremos as respostas sintomáticas do sujeito e do coletivo à inexistência da relação sexual, para pensar as situações clínicas que põem em questão os discursos atuais sobre a sexualidade, sublinhando que à psicanálise interessa os arranjos singulares que o sujeito inventa com o sexo e a linguagem.
Roseane Freitas Nicolau
Início: 08 de março.
Belém/PA – Quartas-feiras às 20h (semanal)