A Escola tem como base três
dispositivos que permitem 
aos sujeitos nela engajados 
fazer a experiência de um Real próprio ao discurso analítico”.
Ata de 2014
 
 
A Jornada de Dispositivos em 2024 ocorrerá nos dias 14 e 15 de junho no espaço da casa e via link (plataforma Zoom). Solicitamos que as intenções de apresentação de trabalhos sejam enviadas para o e-mail jornadadedispositivos@escolaletrafreudiana.com.br. Aguarda-se o título e um breve resumo até o dia 02/06 para que se dimensionem as mesas de trabalho e o folder esteja disponível para a Escola no dia 07/06. Em um segundo tempo, aguardam-se os trabalhos para que os coordenadores de mesas tenham acesso e favoreçam o surgimento de questões. A experiência transmite a importância de trabalhos com até quatro laudas e/ou até 15 minutos para que alguma interlocução se torne viável. O cartel como base da Escola tem movimentado, suscitado trabalho ao longo do tempo. Na abertura da Jornada propõem-se duas mesas acerca do dispositivo de cartéis com textos já publicados, em revistas da Escola, por membros que se disponham a revisitá-los e, eventualmente, aportar algum ponto de inflexão. Aqueles que se interessarem poderão fazer chegar à Escola sua disposição, pelo e-mail acima, também até o dia 02/06.
 
A Jornada de Dispositivos como lugar de trabalho – ou no dizer de Lacan acerca do produto de um Cartel: “periódica exposição de resultados, assim como das crises” – dessa comunidade de experiência movimenta o ‘fazer escola’ a partir de questões que se decantam no tempo. Os dispositivos constituem um pequeno coletivo regido por função, número e tempo (que os difere da massa, da multidão freudiana), mas nem todo pequeno coletivo constitui um dispositivo. Importaria precisar uma tal distinção a partir da experiência? Ao considerar a formação tanto de Cartéis transmitida por Lacan a partir da amarração de 3 (+1), podendo chegar a 5 (+1) e um projeto de trabalho; como também das Reuniões de Trabalho Clínico, invenção desta Escola, em que há a margem entre 6 (-1) e 9 (-1) para dizer algo do real da experiência: como situar o limite, em termos de número, para que um pequeno coletivo opere como dispositivo? A prática de dispositivos decanta variações quanto ao tempo implicado no trabalho: desde o caráter efêmero do Cartel do Passe que se amarra e dissolve-se no tempo de uma experiência, passando por ocasiões em que a duração se apresenta indeterminada, como é o caso das RTCs que, diferentemente dos cartéis, não situam em nenhum lugar a escrita de uma indicação de tempo, apenas a importância da duração. Poderíamos supor que a ausência de escrita visaria aguardar aquilo que da experiência viesse a esclarecer quanto à duração? Após cerca de 25 anos de experiência de Reuniões de Trabalho Clínico, seria esse o momento de circunscrever algo da duração, precisar o tempo desse dispositivo? Desde 2014 a amarração borromeana de três dispositivos e três instâncias de direção orienta a experiência desta Escola. A estrutura borromeana da Escola responderia pela direção – recolhida nos últimos dez anos – de operar com a lógica de cartéis em diferentes funções de Escola, tais como Cartel de Inscrição, Cartel do Lugar, Cartel de Colaboradores? Haveria alguma especificidade a situar aí, talvez quanto ao produto, frequentemente coletivo e não de cada um? Abre-se aqui um campo de questões para a Jornada de Dispositivos de 2024 nesse segundo tempo de trabalho da Escola em torno do aforismo lacaniano “o sexo é um dizer”.
 
Pelo Colegiado Função Dispositivos de Escola Glória Castilho
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