Lugar tem o prazer de receber a escritora
Julia Wähmann

Quarta-feira, dia 07 de outubro, às 20h45, através da plataforma Zoom.
 
Julia vem conversar sobre sua escrita, da invenção de uma resposta possível diante de desencontros, partidas e demissões… a dança dos corpos na tragicomédia da vida cotidiana brasileira – “é a crise, você sabe”.
 
“É sempre a mesma história, mas, parando pra pensar, nem chego perto de contabilizar de quantas maneiras ela se desenrola. E não porque seja preciso aprimorá-la, mas porque ninguém quer ficar condenado à mesma coisa, e porque, a cada execução, a narrativa se transforma tanto. Definitivamente, não quero voltar. Tem alguma coisa que, afinal, funciona nessa insistência”.
 
“(…) talvez a literatura seja também ela uma resistência”.
 
“Dois anos e tantos meses depois do dia D, o cenário político nacional e internacional torna quase todos os cidadãos vivos demitidos, seja de seus otimismos e sonhos ou de suas tranquilidades e sonos. O desemprego tornou-se endêmico, como uma epidemia que traz precariedades distintas aos contaminados”.
 
Arien, uma peça que conta a história de amor entre uma mulher e um hipopótamo, torna evidente como a relação entre um homem e uma mulher pode parecer tão impossível quanto a relação entre um ser humano e um hipopótamo. Ou um elefante. Não é simples encontrar lugar para existências tão grandes”.
 
“Isso foi uma dança da Pina Bausch?”
“A um de seus bailarinos, Pina disse: “Você precisa me assustar”. É o que acontece quando ficamos donos de tudo o que é nosso: ligamentos, pés, calma, ataque, articulações, pulso, desejos”.
 
[trechos recortados dos livros “Cravos” e “Manual da demissão”]
 
https://www.youtube.com/watch?v=VCQ29EUwvrI&feature=youtu.be
 
 
Contato:
escola@escolaletrafreudiana.com.br
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