Relançando o “Lacan… na série”, neste ano de 2023, em que a Escola terá como questão: O sexo é um dizer, continuaremos trabalhando O seminário, livro 6 – O desejo e sua interpretação (1958/1959) e O seminário, livro 15 – O ato psicanalítico (1967/1968).

Tendo como orientação o ‘grafo do desejo’, retomado por Lacan desde o início do seminário O desejo e sua interpretação, partiremos das lições sobre Hamlet e da originalidade da leitura lacaniana, que traz a discussão sobre a formalização do objeto, a função do luto, o desejo da mãe, a dimensão do ato, entre outros. Na tarefa de indagar sobre a interpretação Lacan continuará destacando a fórmula $<>a, do fantasma fundamental, suporte do desejo, chegando à função essencial do desejo do analista, lugar do vazio, na interpretação. Das configurações neuróticas à posição desejante, o percurso do seminário salienta o intervalo, a fenda, a função de a em sua estrutura de corte, chegando à afirmação “não há Outro do Outro”.
No seminário O ato psicanalítico Lacan situa o analisante como aquele que está, em situação de discurso, no lugar do sujeito, na medida em que é ele quem está com a palavra. Ao abordar a dit-mansion do ato a partir da via aberta pela lógica do fantasma, Lacan recorre ao ato sexual. O sexo é um dizer, sendo a dimensão significante do ato o que coloca em cena a questão do objeto a como resíduo da operação significante que faz advir o $. O analista ocupa na experiência o lugar do semblant de a e resta ao final da análise enquanto causa de desejo.

Ana Lucia Zacharias
Benita Losada A. Lopes
Isabela Bueno do Prado

O seminário, livro 6 – O desejo e sua interpretação
Início: 16 de março
Isabela Bueno do Prado, Letícia Nobre e Glória Castilho

O seminário, livro 15 – O ato psicanalítico
Início: 23 de março
Bruno Netto dos Reys, Cristiane Marques Seixas e Nestor Torralbas

Quintas-feiras às 19h (semanal)

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