Psicanálise com crianças: o real do sexo e a criança

  “O sexo é um dizer” é uma  afirmação de Lacan do final de sua teorização, que remete ao real do sexo. Como pensar essa questão nodal da psicanálise, na experiência analítica com crianças? Como abordá-la numa investigação no Núcleo?

    A criança, perante o enigma despertado pela diferença sexual, e na procura de resolvê-lo, articula respostas que se sustentam no desmentido da castração, quer dizer, na crença infantil da universalidade do pênis que lemos em Hans.

   A diferença anatômica não define o sexo do sujeito, mas deve se manifestar em consequências psíquicas. É de uma dissimetria no significante que se trata.

    É a partir do encontro com a falta que se determina a posição sexual do sujeito, à margem do sexo, do qual não há representante no inconsciente.

    Lacan, com a escrita dos três registros da experiência analítica torna possível distinguir e enodar o falo simbólico e seu correlato à castração, com as configurações imaginárias através das quais o sujeito responde à incidência do real do sexo.

    A articulação do dispositivo analítico não depende de um desenvolvimento, mas sim de uma estrutura, que é do significante, na qual a criança está imersa desde antes de seu nascimento, na qual ela se humaniza, podendo vir a se posicionar como ser sexuado.

Quinta-feira, 26 de outubro às 20h30

Apresentação do filme “El ultimo verano de la boyita” (2009)
de Julia Solomonoff

Sexta-feira, 27 de outubro de 9h30 às 17h

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