O gozo na topologia dos nós

Ao nos depararmos com a questão levantada na Jornada 2017: que corpo é este com que lidamos na análise? “Nossa resposta aponta para a construção do corpo falado em análise, para mostrar de que forma a topologia, que “vale por um corpo” dá tratamento aos gozos nos seus pontos triplos da ex-sistência. O corpo deixa de ser um conceito e se constitui num elemento operativo que dá consistência ao discurso analítico. E mais, ainda, o inconsciente é o Real e o Real se caracteriza por se enodar. Podemos, então, dizer que a existência de unidade funcional chamada corpo é uma ilusão”. (extraído do texto apresentado na Jornada: “Real parasita do gozo”)

Propomos retomar a pontuação de Lacan no Sem. 24: “o corpo que é alguma coisa que se funda sobre a verdade do espaço” para dar continuidade às leituras sobre a construção espacial do Nó, pois “para o ser que fala ele é sempre alguma parte mal situada entre duas e três dimensões”. (Lacan, Sem 22) Logo, nosso percurso será cogitado pelo Nó Borromeu que guarda sua forma de Nó e ao mesmo tempo sua ex-sistência, ou melhor seguiremos os passos de Lacan nos últimos seminários para desdobrar a escrita nodal do sintoma e dar suporte à produção do artíficio no seu savoir y faire com o Sinthome.

 

Elisabeth Freitas

Início: março.
Sextas-feiras às 13h15 (quinzenal)