“Toda realidade humana, não é nada mais que a montagem do simbólico e do imaginário […] e que o desejo, no centro desse aparelho, desse quadro que chamamos realidade, é também […] o que corre, o que importa distinguir da realidade humana e que é … o real, que não é nunca senão entrevisto […] quando a máscara que é aquela do fantasma, vacila.”
LACAN, J. A lógica do fantasma.
A escrita do fantasma, na sua simplicidade de matema, articula o laço do sujeito com o objeto a.
O sujeito é barrado do que o constitui como função do Inconsciente. É uma articulação freudiana.
Quanto ao dito objeto a é em referência a ele que se pode falar de lógica. Justamente porque não é de uma referência à fantasia como imagem ou ao imaginário que se trata.
Lacan marca seu caráter subversivo para a análise da subjetividade e da história na contemporaneidade.
Retira essa função das peças destacáveis: o seio, o cíbalo, o olhar e a voz religadas ao corpo.
Articular a dimensão do matema, da literatura e da clínica analítica será de novo o percurso visado.
O significante Écriture, em francês, articula esses termos como na matemática, nas Escrituras Sagradas e na Psicanálise.
Não se trata da existência de fato e sim, da existência lógica. O sujeito não está ali anteriormente ao significante assim como o objeto a também não é anterior à operação do significante.
Nestor Lima Vaz
Terças-feiras às 12h (quinzenal)