Sumário
Parte I – Do Sintoma
A concepção do sintoma em diferentes momentos da obra freudiana
Juan Carlos Cosentino
Tradução: Paloma Vidal
O sentido do sintoma
Maria Inez F L de Figueiredo
Parte II – … ao Sinthoma
Do sintoma ao sinthoma
Célio Garcia
O dragão e o santo
Ana Maria Portugal Maia Saliba
Sintoma
Cora Vieira
Sintoma na entrada em análise
Carlos Eduardo Leal
Sintoma e fantasma na clínica
Maria Islai Lira de Gusmão
“O sintoma é o que de mais real o sujeito porta”
Maria Célia Andrade Oliveira
Sintoma, grafo e nó
Renato R P de Carvalho
Falso buraco – Condição necessária para se escrever a não-relação
Angela Bacelar
Leny de Almeida Andrade
Um quarto de volta
Maria Cristina Vecino de Vidal
Sintoma e transmissão
Arlete Campolina
O sintoma e o mito da criação
Mônica Vasconcellos Soares de Souza
Ana Cristina Cesar: Uma carta nem sempre chega a seu destino
Claudia Moraes Rego
A solução joyceana
Ana Lucia Zacharias de Paiva
Benita Losada de A. Lopes
Rossely S M Peres
Sinthoma e escritura
Eduardo A. Vidal
Parte III – …de Novo o Sintoma
O sintoma – Seminário Brasileiro
Marie Magdeleine Chatel de Brancion
Tradução: Angela Ferreto-Jesuino
Estabelecimento:
Claudia Moraes Rego e Rossely S M Peres
Haverá um irredutível do sintoma?
Marie Magdeleine Chatel de Brancion
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
Diálogo com o sintoma
Marie Magdeleine Chatel de Brancion
Tradução: Analucia Teixeira Ribeiro
Apresentação
Do Sintoma …ao Sinthoma …de novo o Sintoma, evidencia que ele exige da psicanálise um retorno a discussão permanente, ou seja, um colocar-se ainda uma vez a trabalhar.
O sintoma é o cerne da experiência analítica – o discurso psicanalítico surge como resposta à questão do sintoma.
E como poderia ser diferente se a psicanálise iniciou-se com a escuta especial de Freud aos sintomas das histéricas? E como poderia ser diferente se toda análise inicia-se quando o paciente demanda ao analista que escute o seu sintoma?
Sintoma e psicanálise são enlaçados por Freud, num discurso que, tendo a função inicial de livrar os pacientes de seus sintomas aparentes, chega à preciosa indicação de que o sofrimento do paciente não pode ser apagado “antes do tempo” ao risco de só se conseguir “melhoras modestas e não duradouras”.
Ponto sensível que Lacan em “A Terceira” aponta “… Então tudo depende de que o real insista. Para isso é necessário que a psicanálise fracasse.” é uma paradoxal constatação ser necessário que a psicanálise fracasse para que possa continuar o fazer psicanalítico.
Na Ia Parte temos o cuidadoso rastreamento feito por J. C. Cosentino da concepção do sintoma em diferentes momentos da obra freudiana, onde marca o reconhecimento, na função do sintoma, de substituição a uma satisfação não realizada.
Como dessa perspectiva inicial do sintoma a psicanálise, com Lacan, conseguiu dar-lhe novo estatuto? Sintoma que, precisamente por não poder responder adequadamente ao gozo, vem em posição de suplência àquilo que carece de nome, e que pode vir ao lugar de um dos nomes do pai-como gozo.
Temos aí o desdobramento da Parte II …ao Sinthoma, onde decanta-se a produção de uma Jornada da Letra Freudiana e em que a grafia diferente indica a função da letra e da escrita na teorização de Lacan.
Em …de novo o Sintoma, Marie Magdeleine Chatel de Brancion retoma um Seminário realizado na Bahia onde aborda desde as primeiras colocações de Freud até as últimas conceitualizações de Lacan sobre o Sintoma.
Que esta publicação, ao fazer escrita do sintoma, incite o leitor a buscar seguimentos.
E.A.V.
R.S.M.P.