l’une-bévue. É uma maneira tão boa quanto qualquer outra de traduzir o Unbewusst, o inconsciente […] Digamos que, com esse insu que sait de l’une-bévue, tento introduzir algo que vai mais longe do que o inconsciente. LACAN, lição de 16/11/76

Vale a pena passar por uma série de particulares para […] que alguma coisa de singular não seja omitida.
LACAN, 1978

Situar-se no discurso analítico implica, a exemplo de Lacan ao longo de seus seminários, um movimento de leitura e releitura próprio do inconsciente onde o tempo está como quarta dimensão. O tema deste ano, “O inconsciente ainda”, situa no ponto de partida desse movimento o conceito fundamental inaugural desse discurso. Nós o trabalharemos neste seminário seguindo a releitura do inconsciente freudiano no ensino de Lacan desde 1951, quando escreve que “O inconsciente é esse capítulo de minha história que é marcado por um branco ou ocupado por uma mentira: é o capítulo censurado”, ao surgimento dos neologismos “L’Une-bévue” e “hystoire”. Há nisso uma travessia necessária e decisiva numa experiência analítica: das particularidades da biografia à singularidade do encontro do significante e do corpo.

 

Olga Maria M. C. Souza Soubbotnik

Vitória/ES – Sábados às 14h (mensal / presencial / online)