Núcleo de Investigação Clínica: As psicoses e autismo

[…] a associação livre […] gira em círculos, digamos o círculo da fantasia, no qual a articulação simbólica, o cenário imaginário e o real do gozo estão enodados.
SOLER, C. “Lacan, leitor de Joyce “

Dito isso, não podemos falar em fantasma nas clínicas da psicose e do autismo porque não há enodamento borromeano. Se a estrutura é o real da linguagem, a direção da cura seria na via da construção de alguma amarração pela suplência (sinthoma, invenções) da qual pode-se recolher ‘efeitos de sujeito de linguagem’. É pela via do discurso do mestre, discurso fundante do inconsciente, que podemos, no um a um dos que são escutados por um analista, investigar como esse sujeito pode funcionar ao modo discursivo. Se a forclusão fez com que o S1 e o S2 estivessem colados, em bloco, na psicose, a suplência do Nome do Pai faz com que se abra um intervalo entre os primeiros significantes, no qual S1 possa se dirigir a um S2.

Na clínica do autismo, pela intervenção do discurso do analista e pelas invenções linguageiras, aposta-se que se possa sair do congelamento do S1 só e promover cruzamentos, alguma articulação significante. Que um S1 só, Real, possa ir em direção a outro significante (S1 – – – – S2) é a possibilidade do autista articular algo da ordem de uma fala, por estar de forma singular na linguagem.

Uma vez que não há fantasma nas clínicas da psicose e do autismo, qual seria a escrita possível?

Os encontros do ‘Núcleo de Investigação Clínica: As Psicoses e Autismo’ acontecem quinzenalmente e o que se recolhe desses pequenos coletivos é apresentado em um Encontro Mensal, na última terça-feira de cada mês às 20h30.

Silvia Disitzer
Vera Vinheiro

 

3ªf 10h30 Tânia Mendes e Anete T. T. Arita
3ªf 15h Silvia Disitzer
3ªf 19h Alyne Camargo de Mattos
4ªf 10h30 Gilda Gomes Carneiro
4ªf 12h Lícia Magno L. Pereira (autismo)
5ªf 19h Ana Lucia Valadão (Cabo Frio)
6ªf 10h30 Elisa Oliveira (autismo)
6ªf e Sáb Teresa da Costa (Fortaleza-CE – Reuniões a agendar)